Durante o desenvolvimento do seu corpo durante a adolescência e início da fase adulta, as mulheres estão sujeitas a deformidades congênitas nos seios, conhecidas como mamas tuberosas. Essa condição não apresenta problemas funcionais, mas muitas vezes pode impactar a autoestima e afetar a saúde emocional da mulher.

Afinal, o que são mamas tuberosas?

A expressão “mama tuberosa” caracteriza uma série de deformidades mamárias com diferentes características e graus de acometimento que podem ser uni ou bilaterais. As mamas tuberosas recebem essa denominação devido ao aspecto semelhante às raízes de plantas tuberosas, apresentando um formato tubular e de pequeno volume, associada a aréolas grandes.

As mamas tuberosas possuem a presença de um anel fibroso na região das aréolas, fazendo com que o tecido mamário cresça nessa direção. Assim, o desenvolvimento mamário é prejudicado, resultando no aspecto tubular das mamas. O problema é causado por uma anomalia congênita em decorrência de predisposição genética.

Como identificar as mamas tuberosas?

Essa condição pode afetar, principalmente, mulheres que possuem entre 17 e 30 anos. Infelizmente, muitas mulheres não sabem reconhecer os sinais, mas é preciso ficar atenta aos sintomas iniciais, que aparecem no começo do desenvolvimento hormonal.

As mamas tuberosas podem ser identificadas por meio da presença de aspectos anatômicos. Dentre eles, os mais comuns são:

  • aréolas grandes, protuberantes e desproporcionais;

  • seios mal posicionados;

  • base pequena estreita;

  • hérnia areolar;

  • assimetria mamária.

Classificação

Os diferentes graus de acometimento das mamas tuberosas fizeram com que a condição fosse classificada em três tipos diferentes. Existem dois tipos de classificação, mas a de Grolleau é a mais aceita atualmente. Segunda essa classificação, as mamas tuberosas podem ser:

  • Tipo I: caracteriza-se por hipoplasia do quadrante inferior medial, constituindo o tipo mais comum, presente em 54% dos casos;

  • Tipo II: ambos os quadrantes inferiores são hipoplásicos, constituindo 26% dos casos;

  • Tipo III: caracteriza-se por constrição grave, com base mínima de mama e deficiência aparente de todos os quadrantes da mama, constituindo a minoria, presente em 20% dos casos.

Quais os tratamentos disponíveis?

A correção das mamas tuberosas só pode ser realizada por meio de cirurgia plástica. A técnica mais adequada varia de acordo com o grau de malformação e as características apresentadas pelas mamas, podendo, inclusive, necessitar da associação de diferentes técnicas para obter um resultado satisfatório.

Apesar de ser realizada com diferentes técnicas, a cirurgia corretiva tem o objetivo geral de reduzir o diâmetro da aréola, melhorar o posicionamento do sulco mamário e desfazer o anel fibroso. Para minimizar impactos psicológicos e problemas na autoestima, é importante que o tratamento seja realizado assim que a paciente começar a se incomodar com a aparência das mamas.

O tratamento pode ser realizado por meio da mamoplastia de aumento ou mastopexia com prótese. Saiba mais sobre os procedimentos:

Mamoplastia de aumento

A mamoplastia de aumento ajuda a melhorar o formato, conferir melhor simetria e dar maior volume aos seios. O procedimento é realizado com pequenas incisões ao redor da aréola para diminuir seu tamanho e deixá-la mais proporcional. Em seguida, são feitas novas incisões no interior da mama para alargar a base e descolar o sulco inframamário para posição mais inferior.

Por fim, ocorre a colocação da prótese de silicone para dar maior volume às mamas. A escolha da prótese depende do tipo de estrutura anatômica da paciente e da sua expectativa com o resultado final.

Mastopexia com prótese

A mastopexia é indicada para mamas que apresentam flacidez e aspecto muito alongado. O procedimento tem o objetivo de devolver a projeção e sustentação dos seios, posicionando-os de maneira mais simétrica e harmônica com o corpo da paciente.

Além disso, a cirurgia reposiciona a aréola e o tecido mamário, remove o excesso de pele e comprime o tecido para dar um novo formato às mamas. Em associação com o implante da prótese de silicone, o procedimento deixa as mamas mais sustentadas e garante maior volume aos seios.

Quais os cuidados necessários no pós-operatório?

A correção das mamas tuberosas exige maiores cuidados com os tecidos do que uma mamoplastia de aumento realizada com o único objetivo de aumentar os seios, por exemplo. Por isso, o pós-operatório pode ser mais incômodo e doloroso, com a presença de hematomas e inchaços na região operada.

De maneira geral, os principais cuidados incluem:

  • usar sutiã pós-cirúrgico por cerca de 30 dias;

  • fazer repouso por cerca de 30 dias;

  • não erguer os braços acima da linha dos ombros;

  • dormir de barriga para cima por cerca de 45 dias.

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Lis Clínica